sábado, 15 de setembro de 2012

VII FESTIVAL INTERNACIONAL DE SOLOS DE DANÇA CONTEMPORÂNEA


O festival surgiu em 2006 e existe como projeto de parceria entre o Centro Cultural Malaposta e a Associação Ilú.
Desde 2011 que a Companhia de Dança de Évora se juntou ao projeto e este ano o festival conta com a participação de mais uma entidade para a apresentação dos vários solos, o Teatro-Cine de Torres Vedras.
O festival é um evento não competitivo que tem como principal objetivo divulgar o trabalho de bailarinos e jovens coreógrafos nacionais e internacionais, tendo o solo como forma de apresentação.
Visa criar um ponto de encontro entre o público e os artistas como também um evento de intercâmbio, conhecimento e pesquisa entre bailarinos, coreógrafos e público em geral.



SET 14 - 21H30
DIÁRIO METAFÍSICO
Pedro Ramos

Trata-se de um projeto que consiste na criação e apresentação da obra - Diário Metafísico - a partir de uma investigação e construção de uma metodologia de criação. Investigação esta, também alimentada por um trabalho junto da comunidade onde se inserem as residências artísticas e apresentações das obras.
O Diário Metafísico trata a nível dramatúrgico, estético e de investigação coreográfica a relação do consciente e do inconsciente no Corpo. Essa brecha entre um estado e outro. Como é possível adormecer acordado? ou acordar dentro de um sonho? ou como é que o movimento nos leva para um outro estado para além da vigília? E nesse território como desbrava e faz emergir através dos seus movimentos o mistério da vida, para além da vida e da morte? Este projeto é um solo de investigação, iniciado à 7anos.

SINOPSE
“No sonho, sou o espaço e o resultado daquilo que habito.
Há um desfasamento entre o que sou e o que experiencio ser.
Vivo em ilusão,
Experiencio aquilo que sou de uma forma meio desfasada.
Cria-se um lapso, e quando olho para mim, permite-me ver quem sou.
Encontro-me na totalidade daquilo que sou e não sou...
Sou a casa onde moro”


Dramaturgia da Peça:
Há uma personagem central que é assaltada pelo seu material inconsciente, que entretanto, começa a ganhar vida própria. Cada vez mais, o indivíduo, no stress do seu quotidiano, começa a entrar em colapso e a adormecer e a sonhar espontaneamente. Começa a ter sonhos cada vez mais estranhos que se começam a misturar com a sua realidade, e que o impelem a fazer uma viagem iniciática. Uma viagem a uma casa onde residem todos os segredos da sua existência. Onde o tempo e espaço não existem.
Esta casa infinita por dentro é o cenário onde acontecem todos os seus sonhos. É o armazém da sua psique e o que para além dela existe.
“Quando se viaja pelo mundo dos sonhos, tem-se a perceção que essa dimensão é real, no entanto ao acordar entendemos que se tratava de um sonho. Será que pode acontecer o contrário? Não será a solidez aparente da matéria uma pura ilusão e a realidade quotidiana uma ilusão de massa, um sonho partilhado por um grande número de pessoas, do qual seja possível acordar?”

Coreografia Pedro Ramos| Intérprete Pedro Ramos


SET 15 - 21H30
1º SOLO

NEVOEIRO 21
Marco Ferreira

“Nevoeiro 21” surgiu a partir da ideia de “fast-food” e pretende abordar a vida rápida, efémera e nómada que a sociedade adota, nomeadamente no trabalho, nas relações e nos produtos.
Com os objetivos de divulgar as artes performativas, e promover a interdisciplinaridade com outras áreas artísticas e científicas, “Nevoeiro 21” debruçar-se-á em diversas questões filosóficas e científicas com especial atenção no indivíduo e naquilo que a sua mente comanda.
O nevoeiro é algo dúbio que nos envolve, e que vai distorcendo a perceção da vida atual, tornando-a “surrealista”. Os seus efeitos nos instintos, nas emoções, na alimentação, nas habitações, e até na morfologia humana, fazem-nos ignorar os riscos e a descobrir novos limites. Aonde nos leva a “massa cinzenta”? Qual o papel do Homem racional e do animal instintivo em pleno século XXI?

SINOPSE
O nevoeiro engoliu-me, cerrou-se em mim. Enche-me entre os meus pés e a minha mochila. Nas mãos acaba de cair um ideia que escorre em gestos pelos dedos. Será mais que perfeita no escuro. Onde todos são pardos... Tenho de a carregar. Aperto e ainda consigo fechar a porta. Estamos prontos para ir. Continuo a pairar, a sobrepujar.

Coreografia Marco Ferreira | Intérprete Marco Ferreira

2º SOLO

CAVERNA DAS BORBOLETAS
Ricardo Ambrózio

SINOPSE
Um homem perdido em seu tempo e sua luta para distinguir realidade e fantasia. Completamente deslocado e indiferente aos valores que regem o tempo em que vive, a personagem constrói a seu redor fantasias que o permitem seguir, dia após dia, uma realidade que se fosse enxergada tal e qual como é o consumiria em dor e agonia. Durante a peça desenvolvem-se diferentes relações entre a personagem e seus outros “eus” e ainda entre um terceiro elemento virtual, que não pertence totalmente a uma realidade sólida e cotidiana, mas também não é absoluto fruto de sua fantasia e imaginação.
Um órfão por natureza, seja de figuras paternas, exemplos ou valores, descobrindo em seus instintos puros como sobreviver e recriar ao seu redor uma realidade “habitável”.

Coreografia Ricardo Ambrózio | Intérprete Ricardo Ambrózio




SET 21 - 21H30
1º SOLO

IN TWO
Ricardo Freire

Solo inserido no programa de estreia da DLWorks Companhia de Dança que visa representar a dualidade da pessoa e a sua exploração como inspiração criativa para algo que se pretende simples, a vida.

Coreografia Ricardo Freire | Intérprete Bruno Alves



2º SOLO

“ii”
Anaisa  e Luís Barracho (2 solos)

1ª Parte:
Coreografia Anaísa Lopes | Intérprete Filipe Baracho

2ª Parte:
Coreografia  Filipe Baracho | Intérprete Anaísa Lopes

SINOPSE
 “Entendo o teu eu daqui, de fora, do meu ponto de vista. Não és tu na realidade, é só outro teu eu, o meu.”


SET 22 - 21H30
1º SOLO

CASA DE CAMPO
André de Campos
 

SINOPSE
“Às vezes vem ao quarto, à noite. Toca a sua flauta aos pés da cama...mas felizmente ela nunca acordou”
J.M. Barrie
Coreografia  André Campos | Intérprete André Campos

2º SOLO

DON’T BELONG HERE… BELIEVE ME…
Peter Michael Dietz
M/12 | 30 MINUTOS

SINOPSE
This is a solo, which should not be a solo...
It was ment to be a huge show...but it failed dramáticly...
There are people, who like to dance...I am one of them...
There are other people, who like to watch... I am one of them...
I can`t believe that it´s only me dancing, so dance with me...
It is about something, what hopefully can be seen...
It is a moment of your time, and mine...
To be together with somebody else is .......
But be with ourselves is even worse...

My brother
You are my brother
Are you my brother
Would you be my brother
Let´s be brothers
Hey bro, nice
So nice
Cool to have a brother
Me and my brother are brother´s
Can you dig that bro...

Coreografia Peter Michael Dietz | Intérprete Peter Michael Dietz


Fonte: www.malaposta.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário